quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Cinzas apenas.



Entre ações e pensamentos as vezes me perco,
Um desiludido desatento, sempre me esqueço.
E à luz da lua que se destaca em meio ao céu tão escuro,
Escrevo poemas sobre meus sentimentos obscuros.
Penso em como fico infeliz, mesmo com tanto à se admirar,
Fico alegre, e em volta enxergo tragédias que deveriam me fazer chorar.
Penso que meu coração na verdade está num mundo cinza,
Desconhece a certeza triste e solitária do escuro,
E a verdade iluminada do claro, da luz.
E mesmo num mundo tão sem cor, ainda, ele é quem conduz.
Desenfreado, sempre corre e acelera o passo, quando sente um perfume,
Logo se hipnotiza, se prende num enlaço...
Acabando tudo num fracasso.
Volta outrora, novamente, a se perder e se encontrar,
No mesmo cinzento espaço.
Já volto a admirar o céu, e agora o que faço?
Caminho entre memórias, histórias e contradições,
Lembro-me de jóias que não ganhei, lugares onde não estive,
Paixões e sonhos que nunca realizei.
E como um pensador, questiono-me com a vinda da felicidade ou dor,
Indiferença, ou Amor,
Será que um dia me salvo desse mundo cinza, 
E encontro qualquer coisa de cor?

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