sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

O adorável veneno.

você, assim como uma cobra
Envolveu-me com seu corpo.
Senti-me apertar.
E quando menos esperava, 
me fez parar de respirar.
Fui sentindo aos poucos,
 você a destilar, seu veneno incrivelmente doce.
Foi bom, por mais que parecesse que não fosse.
Debati-me e relutei, e com o tempo, aceitei que não podia me defender de ti.
É impossível descrever o que senti.
Mais por mais que parecesse que não sobreviveria, estou aqui.
Viva, frente a frente a ti.
E sempre em mim,
 Já percebo cometer pecado mortal quando te vejo.
Percebo crescer por dentro, aquele antigo desejo.
Por aquele veneno doce.
O mesmo, que me mata devagar, me atrai sem pensar.
Não sei o que fazer pra parar.
...e sempre que te ver chegar outra vez,
Preparo-me pra mais uma sessão do horror.
Que me viciou em você, esse tal calor...
Não sei se de fato posso, chamar isso tudo de amor.
E por enquanto eu durar, ainda vou almejar sentir, 
Ainda vou querer que aconteça, ainda vou desejar que apareça.
O pior de tudo é que não quero ser salva.
Não quero cura,
Parece que só vou me saciar quando estiver em uma sepultura.

Nenhum comentário:

Postar um comentário