sábado, 26 de maio de 2012

É. =)


Alguns já me fizeram sorrir sem parar.
Alguns já me encantaram apenas com um olhar.
Já me fizeram atraída por mais que não quisesse,
Me fizeram pensar durante a noite e acordar consternada.
Já me foram amigos e depois se mostraram como uma canoa furada.
Já me deram amor, mesmo sem pedir reciprocidade.
Já me deixaram triste, apenas por sentir saudade.
Alguns me prometeram futuro e me tiraram do chão.
Outros já se foram por desistência e acho que muitos ainda virão.
Penso que talvez, com tanto que me é oferecido,
Chego a ser hipócrita ao reclamar de minha solidão.
Já não é medo de ilusão ou falta de segurança...
Acho que é tu, o culpado de minha mudança.
De minha carência perene.
Aqueles que citei, minha cabeça pouco discerne.
Já nem sei o nome, ou me empolgo ao ver a mensagem recebida.
Talvez se fosse tua, meu coração saltaria tão pesado e agitado que poderia perder a vida.
E, no entanto, permaneço aqui. Por ti esquecida.
Não sei se queria que você fosse um dos outros também,
Ou se queria que me ligasse, me amasse e me chamasse de bem.
Bom, se há mesmo essa opção, quero que seja a correta.
Pois se ninguém dos tantos que conheço me deixou assim,
Você deve ter algo que lhe torna meu eterno refém.
E que pra nós os anjos e os demônios digam amém.
Te amo Te amo Te amo e não me importo com mais ninguém.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Conversas invisíveis, parte II


Ele me fitara distante,
Implorava-me aos berros
-Ligue, procure se encante!
E eu, tão confusa, me mantive obtusa.
-Vamos logo, não seja boba, acredite, busque, se importe!
-Não vê que a saudade lhe faz bem,
Ter quem querer lhe faz alguém!
Permaneci desconfiada.
Puxou-me pelo braço, deu-me um tapa e depois uma afagada.
-Menina! Vamos comigo, sinta, deixe de ser malcriada!
-Sem mim e sem com quem, você vai continuar onde está,
Sem ser ou querer nada!
Mantive-me consternada.
Fiquei pensando por horas no que ele me dizia.
Fitando-me, ele a testa franzia.
-Menina me queira se eu pudesse bem lhe faria!
Eu respondi,
-Mas assim, agora, sem tempo nem certeza?
Ele me respondeu pronto em sua sutileza...
-Menina, sou coração, sou feito de amor,
Tenha certeza de que o caminho que lhe aponto trará
A tua vida algum novo sabor!
-Só quero teu bem, entenda que me seguir não é qualquer estupor!
-Por favor, ouça meu clamor e vamos juntos encontrar aquele,
Com quem vai querer fugir pra onde for!
-Ouça-me, será encantador.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Conversas invisíveis.



Gritou-me desesperada.
Mantive-me calada.
-Não se atreva a procurar!
Quase me bate e me disse,
-Não dê tanta trela a saudade!
Ela diz como se soubesse,
Como se pudesse me entender,
Como se sentisse o que sinto no nível de poder me punir,
E por eu interceder.
Já eu quieta no canto,
Ela me ouve chorar me diz,
-O que há contigo menina?
-É tão fraca que não consegue aguentar?
Ela não me entende e nem quando choro se comove,
Continua me importunando,
Enquanto vejo meu olho gotejar,
Mas se quer saber,
Acho que o que ela sempre quis foi me ajudar,
Ao seu modo, frio e maduro.
Ela foi quem me tirou do escuro,
Mas já nem agradeço, pois debaixo de toda essa claridade,
Desprotegida e deprimida permaneço.
Pereço.
Diz-me:
-Meu nome é razão e não é à toa,
Você fica melhor ao meu lado,
Por mais que lhe doa...

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Eu, você e o tempo.


Há uma semana,
Pensava que lhe amava.
Há um mês,
Pensava que lhe conhecia.
Há um ano,
Por mais que tentasse não conseguiria
Imaginar que alguém como você existia.
Antes de ontem,
Chorei, não disse... Sorri.
Ontem,
Discuti, tentei ser imparcial, sofri.
Hoje,
Não vejo nada além da falta de respostas.
Amanhã,
Talvez não mais sejamos tão próximos...
Talvez em quaisquer situações opostas.
Por todo esse tempo,
Sempre senti, não menti, tentei lhe tratar com esmero.
Foi sincero.
Dois minutos atrás,
Pensei ter perdido tudo, e nesse segundo,
Depois do que houve e cessar o tumulto...
Descobri que sinto muito, quero muito,
E que se não resolver que me ama também,
Dentre memórias, esse segundo ficará,
Guardado como o segundo em que perdi meu único bem.
Meu primeiro e ultimo alguém...

terça-feira, 8 de maio de 2012

Así No Más.





Sem nada a dizer.
É como estou pela primeira vez.
Sem nada a esconder,
Também algo que não tenho costume de manter.
E agora, vejo sem demora,
O destino me comprometer...
Tento fazer algo certo e tudo o que recebo é essa sensação de simplesmente não saber.
Sempre sei, sempre soube, e até então me protegia com a eficiência de um açoite.
...Mas desarmada e sem a escuridão como proteção,
Fiquei desnuda e sem ajuda, a mim de nada serve a palavra solução
Pois mais perto do que simplesmente dizer... Eu não chego.
Vida, morte, sonhos... Sorte.
Tudo em segredo.
Trazes-me um problema que não fazia parte do enredo,
Talvez por isso, haja medo.
As palavras me fugiram a boca enquanto os olhos buscavam a verdade,
Fiquei parada tentando notar se era mesmo a realidade, e não só um sonho meu.
Dê-me uma resposta salvadora ou me devolva o mundo e tudo mais o que sou eu.
Se não o fizer, permanecerei aqui,
Pensando em como é que minha vida deixou de ser problema,
E se tornou desejo teu


Não é a primeira, talvez não seja a ultima vez que encontro algo de brilhoso e reluzente
Na escuridão que me cerca constantemente.
Tomei pra mim, dei atenção, carinho, disse que não, e que sim.
E aquele brilhosinho que via todos os dias,
Tornou-se importante pra mim.
Não anotei na agenda e nem olhei os ponteiros,
Percebi que esse brilhosinho,
Não se notava, enquanto se alojava, com cuidado no lado esquerdo do peito.
Guardado, foi de jeito em jeito.
E apartir daí cada tropeço e cada queda, se tornou um recomeço,
Uma risada e uma briga pouco agitada...
Ainda ouso chamar de cilada, esse brilho que recolhi com apreço e que me ajuda
Mais que qualquer lanterna bem enfeitada;
Pois não se apaga, dura para sempre, e de qualquer outra coisa que já vi ou conheci,
É bem diferente.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

A resposta.


Chegamos ao ponto em que ninguém queria.
Não há o que fazer e correu pra longe a euforia.
Já não há risadas, nem conformidade, ou algo de poesia.
O silencio foi aos poucos se aquietando e o que sobrou de nós foi a verdade que nunca foi dita,
Penso que talvez nem isso fosse,
Fiquei aflita.
Ainda que não lhe sorria tendo certeza de ser bom como a sintonia,
Permaneço sem querer que termine,
Pois de hora em hora meu coração bate num compasso que me deprime.
Que lhe grita o nome e me toma os pensamentos...
Ás vezes penso que é normal,
Às vezes penso que se não houver mais nós, ficarei mal.
A resposta.
Deveria ser o que mais queríamos ao invés de parecer o que ambos tínhamos.
Talvez seja carência, talvez seja passageiro
Talvez seja o que não dissemos,
Talvez devesse ser segredo.
E com esse quase enredo,
Seguimos essa história banhados em águas de medo
Meu medo é sofrer, ou não querer, desapontar...
O seu ainda não defino ao certo,
Talvez seja algo a ver com se apaixonar.
Alguém, por aí tem algum palpite de como vai acabar?