quarta-feira, 20 de junho de 2012


Ah você...
Veio como um frescor novo,
Com aquele sabor de não sei o quê!
Fiquei com aquela vontade de beber, beber tudo,
Até que pudesse te compreender,
Fazer parte de você.
Veio se aconchegando,
Foram vindas, foram idas,
Sempre sofri com o amargo das despedidas...
Som de grito inaudível que só compreendo agora...
Era algo alegre, por mais que às vezes sem sentido,
Sem assunto e sem juízo.
Inocência é o que sentimos, com certeza digo.
Minha, por pisar no desconhecido,
Sua por ver tudo como se não houvesse perigos!
Ah, fugiria, fugiria! Fugiria...
Fugiria?...
Sim, com você e tudo o que é.
Pé ante pé, sem olhar para a pessoa que ficou pra trás,
Eu própria, que me esquecia,
Tamanho era o reboliço que tu fazias em mim,
Tirava-me da paz...
Era bom e riamos muito com tudo isso.
Ah você... Sempre vai ser meu único compromisso!
Não interessa o tempo que passe,
Não interessam as adversidades!
Digo sem medo, pois é a verdade.
Digo que não te esquecerei, não mesmo.
Não desistirei, não é meu desejo...
Mas compreendo que certas coisas não dependem da nossa vontade,
Aceitação, força ou resignação...
Chorarei muito por tempos,
Sem conseguir dizer com boa boca, que você não mais será o motivo de minha respiração.
Conformo-me, ainda que querendo gritar,
Alcançar, prometer, convencer, entreter...
Pois ainda que eu morresse só para te ter,
Não sei se irias suportar a culpa do que houve, do que causou, do "ser você.".
Ah meu querido amor, como quero bem a ti!
Tanto, tanto, tanto que me dói,
Tanto que meu coração se desconstrói!
Se quiseres mesmo isso, desistir de mim e de tudo,
Não te culpo, é de veras, justificável...
Espero que seja feliz, se for, eu ainda sorrirei.
Porque minha felicidade já não interessa, o que interessa és tu.
Guarde-me nem que seja de lembrança?
Sabe, meu apelido e minha feição,
Que nunca vou esquecer, quando podia te ouvir,
Imaginando me chamar... "Lúuu!"

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Tive certeza!


Pensa que já não tentei dizer não há muito tempo?
Pensa que não fiquei triste por isso, por tudo,
Ao ver que seria tão difícil quando abraçar o vento?
Sim, pensei, pensei muito, sonhei, chorei, amanheci.
Me esclareci...
Me revoltei, tentei, tentei negar,
Dizia ser empolgação, amizade, algo que não mais vai durar,
Talvez demore um mês ou até dois...
Estava mentindo pra mim mesma, percebi logo depois.
Me mantive calada, sem coragem, acovardada.
Já me dissera que queria, mas eu não confiava.
Muitos meses e me perguntava, "a empolgação, nunca acaba?"
Ao ver a verdade que me martelava, me mudava, me estranhava...
Não sabia se ria, comemorava, ou de vez, me metesse comigo mesma e só chorava.
E de repente, tudo que eu lia era tu,
Tudo que ouvia tinha tu,
Tudo que pensava era tu...
Embora fosse difícil, suportava silenciosamente,
A cada partida, era um "eu te quero pra sempre"
que ficava entalado,
A cada chegada, era um "Você é meu maior presente"
que eu nunca te disse contente...
Tinha mesmo me mudado;
Pensava antes de dormir, e até às vezes vinha tu
me visitar em sonhos.
Acordava pensando que não devia me iludir tanto,
Mas me mantinha por todo o dia com aquele ar risonho de encanto.
De olhar para o céu e sorrir.
Sou idiota, pensava,
Sou burra, inútil,
Porque tudo isso?
Até hoje não tive resposta..
Queria tanto te fazer aquela proposta...
Eu gosto, te quero, te preciso,
Tu também gosta?

Revoltas?!


Pensava em ti e sozinha sorria.
Era minha inspiração,
Depois de ler o que eu mesma escrevia,
A testa franzia.
Tentava entender, o que sentia por você;
Mas percebi, que perdi,
Ao ver que procurava sinais idiotas, por todos os lugares,
para me dizer, o que eu deveria fazer.
Mantinha o silencio, para não te perder.
Ria, brincava, e fui aos poucos querendo,
Mas negando, fingindo ser amizade que ia crescer.
Dizia que não tantas vezes que o sim,
Se tornou algo proibido ao meu ver.
Uma proibição que tanto me fez pensativa,
Vivia por sofrer.
Ahh a saudade, me mostrou tanto,
Vi com ela, que amava você..
Pois foi tudo gesto de comparação,
Por ninguém lutaria tanto,
Esperaria tanto,
Pensava tanto,
Por ninguém me declararia,
Meu orgulho engoliria,
Tudo o que sinto, admitiria.
A cada palavra tua carinhosa,
Tinha vontade de te dizer o que sentia,
Mas logo morria em mim aquele ar de esperançosa.
"estou louca!"
Pensava eu,
De muito imaginar o que poderia acontecer e não aconteceu...
Um sonho meu,
É como sempre te vi..
Mas já nem demonstrava,
Só me preocupava com as próprias dúvidas
e te fazer sorrir.
Porque essa droga de sentimento
Tinha de aparecer por aqui?
Me revolto tanto ao perceber que nunca vai entender o que estou a sentir...

terça-feira, 5 de junho de 2012

Eu e minhas filosofices.


Por volta de horas aprofundadas pela noite,
Pela tristeza e pela falta de clareza,
Ponho-me a filosofar sobre minhas incertezas...
E se eu de repente tivesse a coragem de lhe falar
E fosse duma vez só descoberto por mim que era mentira?
E se não digo, e depois com o passar do tempo te
Perco de uma vez, me tomo por uma grande ira?...
E se não é e nunca foi resposta, o que foi,
Foi apenas uma mão estendida em meio a tantos que me
Deram as costas?
Se for apreço, seguido de carência e consternação?
E se fores ela, não só tu, digno de minha obsessão?
E se em meio aos dois amores de diferentes sabores
Perder-me e não mais me achar?
E se nenhum nem outro depois de certo o amor,
Quiser-me?
E se eu inventar que desisto, amanhã já não penso
Em outro olhar qualquer?...
Quisera eu, ao terminar a noite sombria,
Ver-me amanhecer os pensamentos de paz.
Assim como faz o dia!
Quisera eu, ter tanta vontade por tanto tempo,
A ponto de lhe gritar aos ventos meu firmamento...
Pregando-lhe que a vida será como o fim de uma canção deve ser...
Mostrando que as conclusões e os pensamentos,
Sempre vão se acabar sem que possa entender...
Vai rir-se de mim, irei beijar-te e dali
Nosso futuro vai nascer.

Malditos Conflitos?!


Mal amadas e malditas,
Das línguas que dizem que o que os olhos não veem o coração não sente!
Ainda mais aborrecida fico, com a afirmação de que,
Quem muito não se faz presente,
Depois de certo tempo, a falta já não se sente!
E que dirão de mim, sou a regra tênue,
Mera exceção?
Ou melhor, irão me sorrir,
E dizer que é algo que não é,
E que pessoa como eu, sofre,
É porque quer?!
Mas talvez esse tal sentimento, seja mesmo assim...
Capaz de contradizer o que quer que se oponha,
Que é ruim com tudo o que é bom pra mim.
Pobre e ingrato. Chato, insensato,
Mal, e tantas outras críticas se valham para
Caracterizar tal fato.
Fazendo-te precisar de qualquer ninguém,
Num único ato.
Tal qual uma doce peça de teatro.
Que em cena, me faz pequena, admirada.
Ora me faz louca cruel,
Ora me faz abobada.
E se não faço nada além de tentar esquecer e contrariar,
Vivo por em tal pessoa pensar!
Parece brincadeira, de todos os deuses,
Santidades e até certo fruto da maldade.
Erro eu admito, mas mereço mesmo,
Estar largada ao meio deste enorme conflito?