De
fogo em fogo cruzado, a tropa de uma só vai seguindo cautelosamente.
A
paz que sentira antes da partida, já nem lhe vem à mente...
Não
se lembra de como é ser contente...
Perdeu
essa capacidade depois do tanto de morte que viu, depois do tanto de corpos que
empilhou, depois de apertar o gatilho, acertar...
Morreu
de pouco em pouco, e o que se vê hoje, são sinais de que para achar que isso é
vitória, é preciso ser um tipo de louco.
Esperança
foi o que lhe sorriram os familiares, os amores, e logo viu que com ela, não
haveria mudança.
Preferiu
o patriotismo ao ser “humana”, lhe deram então confiança.
Ao
repousar os olhos, junto das estrelas e a sujeira, não sabia o que pensar, pois
nem a mesma gostaria de ouvir, as histórias que poderia contar.
Sem
saudade, e sem perguntas, foi seguindo como se das próprias razões, tivesse
sido expulsa.
Mais
um machucado, mais um soldado baleado, mais um número a estatística adicionado.
Depois
da terceira ou quarta bomba, o silencio trás do cheiro da desonra, da derrota.
Sua
história teve o desfecho mais esperado...
E
pouco antes de a luz apagar dentro do ser, houve dor, houve alívio, mas nunca
outra vez, haverá prazer...