Diria
sempre o que fosse te animar, sorriria sempre que fosse me chamar, cuidaria
sempre que fosse precisar, amaria totalmente, mesmo sem saber onde tudo ia dar,
Faria
ser perfeito e tentaria não deixar acabar...
Mas
as escolhas já não sou eu quem faz.
Depende
de você, que me queira, que me aceite e nada mais.
E
a dor do nunca parece querer brotar em meu coração, que já ficou pequeno, não
gosto desse clima tão ameno, quero calor, quero frio, quero o sabor de sentir
um arrepio, ou a temperatura mudando.
Não
só esse marasmo que nada traz e nada leva...
Queria
te contar o que sei o que descobri.
Mas
tenho medo de no fim não saber de nada.
Já
entendi errado tantas vezes que já não confio em mim.
Você,
de tempos em tempos, parece me oferecer um chão duro, no qual eu posso pisar
sem medo, mas de hora e hora penso que é areia, da mais movediça, que me trai
me atrai, me enfeitiça.
E
no fim, me afogarei em ti, sem ar nem certeza...
Você
parece um espelho refletindo a impossibilidade.
Tento
te entender, mas ao chegar perto, já não raciocino bem, nem faço nada com
clareza,
Deixa-me
nervosa, pulsante e ainda sim, quero estar perto, chegar ao ponto em que minha
própria respiração já não vou sentir, quero você aqui.
Onde
eu possa alcançar, onde eu possa te salvar, te embalar em minhas canções
tristes, disfarçadas de bom humor, quero poder te abraçar e te chamar de
amor...
Quero
você de qualquer jeito, te levar onde eu for.
E
tocar sua pele com a delicadeza de uma flor,
Quando
preciso, agir sem nenhum pudor, e
Deixar
de me punir por estar sempre pensando em agir a seu favor...
Só
serei livre com a liberdade trazida pelo teu calor, sem cor, indolor...
E
que se dane, se houver qualquer contrapor.
O
que me interessa é saber se você quer, e depois disso, qualquer sorriso, será
esclarecedor.
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