terça-feira, 13 de março de 2012

AutoTraíções



Fui traída novamente.
Não por você, não por suas palavras, gestos ou atitudes...
Foi por mim mesma, que sonha apenas com tuas virtudes.
Por quê?
Eu me pergunto toda manhã.
Se não o vejo, sinto saudades, se vejo,
Percebo meu inconsciente cheio de maldades.
Procuro por outras amizades.
De tão orgulhosa, nem sabes.
Eu não me rendo, acho que só me renderei quando chegar ao ponto em que não mais raciocinarei.
E embora louca, ainda muito de autocontrole sei.
Aprendi por tua culpa.
A atração a qual me impõe me insulta.
E qualquer característica que já tive de culta, já se perdeu.
Com os olhos dentro dos seus, não vi onde caiu.
De repente, dessa piada indecente, ninguém riu.
Inconstante e sutil, essa sou eu, a “eu” que você conseguiu.
Mais escorregadia que qualquer sabonete molhado, mesmo que me encoste, no dia seguinte já não vai me encontrar quando olhar para o lado.
Minhas metáforas me fazem parecer um réu que gosta de ser julgado...
Não sou... Nunca fui.
Agora, pare de me assustar, me mostrando o tempo todo que conhece cada parte que me constitui.

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