Fui
me meter numa guerra, e como toda, esta leva esperança e trás feridas que
destroem a alegria do amanhecer.
Dentre
feridos, o amor vai-se com o sangue, e fica então amarguras que tornam soldado,
assassino, por querer...
Já
não vejo o mesmo brilho do céu, pois a certeza do vencer se perdeu como a
munição, acaba com o tempo...
Não
tenho companhia.
O
que tenho são zumbis que já não sabem o "porquê" do abraço.
Que
já não se lembram do carinho ou de qualquer outro laço...
Apenas
caminham num embaraço, que só de ver, já choro ainda que sem querer.
O
sol se vai, a morte vem, leva consigo a dor, mas também, o brilho da vida.
Há
escassez de tudo, e por mais planejada que tenha sido esta tal guerra, as
consequencias parecem doer como se inesperadas fossem...
É
como esperar pelo anoitecer sem ideia do saber que com o escuro, vem o frio, e já
não se vê cobertor que sirva...
Pois
pra frio na alma, não há resposta positiva.
Ele
dura e não morre imaginar a paz é o que faço enquanto o tenente dorme.
Tão
logo de manhã, já estaremos de partida, nos vingando dos inimigos e tentando
voltar com vida.
Mas
já que em casa, deixei minhas humanidades, aqui, em solo morto, só me restam o
pequeno resquício que um dia foram grandes saudades.
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