sexta-feira, 23 de março de 2012

Redomas, redomas, e mais redomas.




Meu alarmado sorriso de desforra foi levado, 
sempre a mesma escória...
Querem-me por rótulo, como se produto fosse, querem me dar nomes,
Mesmo que injustos...
Meu coração, depois dessa precisará arranjar novos moradores.
Uns que se contentem em serem perdedores.
Estou grande demais, pra essa terra de gente que pensa tão pequeno,
Ou nasci mesmo tão "defeituosa", que sou virtuosa como um detento?
Querem tirar de mim, o único amor que possuo, que de tão meu, o chamo de próprio...
Vivo fora da normalidade daqui, quero fugir...
Por mais normal que eu me encontre, por mais normal que eu seja.
Dentro dessa redoma em que as mentes borbulham por aqui,
Sinto-me presa mesmo com o poder do ir e vir...
Pois as prisões são em toda sua dimensão, mentais, prisões nas quais,
As mentes se fecham e o que há de bom, se perde,
E tudo o que não é semelhante á própria visão,
Conforme a alusão de perfeição se torna algo de supérfluo.
Tentam ver através de ações continuas um padrão,
E se não me meto por vontade àquela fila de inconsistências,
Veem dentro de mim, mais e mais demências...
De certas compreensões, sinto tantas carências!
A vida às vezes me fere a alma,
Mostrando-me que sou uma metáfora rabiscada ao muro num mundo onde quem lê é visto como burro.

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