quinta-feira, 8 de março de 2012

Conclusões que eu gostaria de não ter...




Descubro respostas pelas quais nunca busquei, me surpreendo ao ver que me tornei algo que eu nunca imaginei.
E olhando para o passado, vejo como eu queria ser hoje, não fui, não serei... E já vou tomando consciência de que o que eu quero ser daqui a um tempo não é o que vou ser de verdade. Na fase em que estou, vai ficando difícil de segurar o peso da realidade. Meu amor possui muita profundidade, tanto que olhando de cima, não vejo o fundo, e não sei se esse fundo existe...
Mas o problema não é esse, nunca foi esse, o problema é que sem nem ao menos perceber, me vi a oferecê-lo a quem não merecia, nem uma única gota... Recebo muitos avisos do subconsciente, que sempre me faz confusa, não por não saber o que fazer, mas qual escolha vai me favorecer.
E essa é mais uma das fases que fazem a gente crescer... E como toda a evolução, essa me faz sofrer. Sentido, a palavra que eu queria encontrar, pra ver como é, entender tudo. E não mais do que de repente, me perco no meu próprio mundo. O que eu descubro? De tão tolo, não se parece com a realidade, parece que me pregaram mais uma peça, queria que fosse mesmo verdade.
E diante de um mundo acordado maçante e confuso, ilusório, já cansada busco consolo com as visões do subconsciente, os sonhos, e acabo por acordar atônita, não tranquila, não relaxada, tensa e um tanto prostrada. Esse consolo já não me vale de nada, sinto-me no meio de uma estrada, o horizonte me zomba, me cerca, me ilude, me faz perder o foco.
E agora, nem me dar ao luxo de ter com quem contar eu posso?
Quanto menos eu vejo que sei, mais eu quero saber, mesmo com a certeza de que tem coisa que não devemos aprender, mesmo sabendo que saber tudo, pode nos enlouquecer...
E o farol, a luz quase divina que me guiava em meio a escuridão vazia, que me ensinava a viver a vida, sumiu, apagou, e minha muralha de areia molhada de repente o vento levou... Escrevo metáforas que ninguém vai tentar descobrir, e vou levando a vida do jeito que mais me faz sorrir, tal qual fosse um poema doce, cada frase espero e me exaspero, pois pela próxima rima, vou aguardando o prazer de ver o que foi feito com esmero, mas de uns tempos pra cá, a rima se desfez e a mascara do sorriso deixei de usar...

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