sábado, 18 de fevereiro de 2012

Querido diário, preciso desabafar contigo.




Vou confessando meus pecados, a mim mesma, 
Acreditando, que talvez assim, melhore e me sinta menos fraca.
Nego os arrependimentos, mas eles sempre conseguem de mim o que querem.
A culpa.
Ás vezes me pego jurando que nunca mais me arrependerei.
Mas por mais forte que a razão seja, não consegue em todos os momentos, 
controlar as cobiças e os devaneios que o corpo emana com desespero.
Minha alma se aquece, enquanto realizo algo com o qual sonhei e para ninguém contei...
No entanto, a razão insiste em punir-me mesmo eu agindo apenas para meu próprio proveito.
Diz que nem sempre é bom seguir o que convém.
Não entendo, se este é o lado do bem, 
porque tanto me proíbe com bons sensos, com pudores, vergonhas, se estes mesmos, 
me impedem de viver grandes aventuras, felicidades e amores?
Eles não são bons o suficiente?
Não acho animada a vida de alguém muito inocente, e da própria razão sempre dependente...
Pois nada sabe, nada vê, nada sente, e sonha muito e nunca vai viver.
Se for para ser mesmo assim, darei sempre ouvidos ao que diz meu corpo grosseiro e tenso, 
preferindo ser a moça pecaminosa de más influencias, 
do que a moça angelical e celibatária que sonha com campos onde nunca vai pisar descalça;
Talvez essa seja minha maior desgraça.
Ficar dividida entre o que eu quero, e o que é melhor para mim.
Carnalmente dizendo que sim, com toda a força do anseio, e 
conscientemente dizendo que não, com sonoros motivos e conseqüências.
Ás vezes não é bom manter as aparências.
Eu que o diga, tendo em vista, que sou enxergada de forma exagerada 
não condizente com a verdade, e o pouco que faço, já é visto como acesso de loucura e vaidade.
Enquanto vou caminhando com dúvidas, presa entre o mundo da volição e do juízo, 
vou aos poucos reconhecendo meu próprio instinto e meus fundamentos...
Pelo menos com esta guerra interna, em matéria de auto percepção, vou aprofundando meus conhecimentos.
Porque depois que estas tais experiências foram feitas por mim, 
muitas coisas que nem imaginei, descobri, enxerguei.
E talvez nunca descobrisse, e de fato reconhecesse, características minhas, 
e vivesse sem o prazer de saber, quem realmente sou. 
Então, digo ainda, que devo contentar-me com o que restou... 
Porque apesar de estar sendo atormentada pelas dúvidas, 
os benefícios tem se mostrado dignos de meu desespero.
Agora basta saber se vou continuar aqui, para sempre, presa neste enorme atoleiro;

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