Amor pode começar sem começo?
Terminar
sem fim?
Acontecer
sem querer, sem perceber,
simplesmente
assim?
Vejo
tudo como se fosse um sinal,
Mesmo
que sendo banal,
Jogando-me
em cima de seu colo, que lhe imploro, não me dê.
Confesso
que, de medos pereço,
Algo
tão bom, nunca ocorre sem deixar feridas.
Pode
haver um preço.
Já
sofro tanto pela intensidade, não preciso de outras dores,
Outras
saudades.
Mas,
não tenho vergonha de admitir,
Que
causas algo em mim, que ninguém causara antes.
Tantas
saudades, calores, pudores, amores;
Quando
aparece, meu coração salta desesperado, apavorado.
E
trêmula converso com você, como se fosse outro alguém, menos esperado;
Penso
em palavras tuas, toda vez que se vai.
Como
se estivesse procurando algum sentido que eu não tenha percebido à tempo.
És
em mim, de todo em perfeição,
E
tudo que é perfeito, trás junto de si, algo de ilusão.
Um
presente, que apaga o passado, e faz o futuro ser menos interessante.
Você,
sempre com um assunto intrigante.
Pode
o amor nascer de uma relação que se tornou tão pura?
Devo
tirar meu coração daquela empoeirada sala escura?
Onde,
ele está tão ileso e seguro?
Sinto
que algo parece absurdo.
Mas,
com você, é tão natural, como a luz e o calor do sol.
Não
sei se foi tua intenção,
Estou
sentindo-me sendo entregue a mais sarcástica tentação.
E
os gritos de dúvida ainda estão presos, pois não me permiti aumentar a voz
contigo.
Não
sei se ainda amo tanto, chamá-lo apenas de amigo.
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