Enquanto estava rodeada por amigos e conhecidos,
Passou por mim, uma angustia que me nauseou os sentidos...
Fui aos poucos, vendo que sou mais solitária do que uma flor do deserto,
E talvez, mais seca também.
Não deixo que do meu coração cheguem perto,
Expulso os que me prometem felicidade num cálice de carinhos,
Apago todos os números e emails que me mandam com sorrisos e beijinhos,
Esnobo com força todos os elogios....
Eu nego a todo instante que quero ser saciada,
Me sinto fraca ao ter de admitir que preciso,
carnal e conscientemente de um amor que me traga vida e que me atormente.
E ainda, me encontro na pior das situações, pois nem procuro e nem me deixo buscar.
Meu pobre coração está cansado de me afligir, de gritar,
Tentando mostrar ao meu discernimento que possui tanta razão quanto ele.
Que se sente infeliz por não ter em quem pensar.
Tento passar uma imagem sólida, tão sem sentimentos quanto uma pedra.
Mas a grande verdade dos fatos é que me feri, me fechei,
Na solidão, um quartinho para meu coração se aconchegar, encontrei...
Talvez por isso, por ninguém procurei.
Agora estou aqui, para admitir, pela primeira vez,
Sem me esconder por trás do medo e da timidez,
Que preciso de alguém que atribua a mim, um status de amada.
Que me ajude a seguir com alegria minha jornada.
E ainda, que esteja de forma natural e simples, ao meu lado,
Prezando para que eu esteja animada e bem cuidada.
E depois de abrir meu coração torturado para que um novo morador entre,
Começo a busca pelo alguém que estará aqui dentro pra sempre.
Acredite, todas as palavras deste texto possuem sinceridade,
talvez por saírem de uma moça tão indelicada quanto eu, pareça tudo brincadeira, mera barbaridade.
Eu queria que fosse, mas não é.
Choro ao olhar para o lado e ver que não tem alguém que muito me quer....
Só estou me prestando a este papel deplorável por estar mesmo, um tanto magoada.
E concluo por aqui, o texto que talvez faça alguém tomar uma atitude e me tornar tua enamorada.
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