sábado, 18 de fevereiro de 2012

Vocação?!.

É engraçado como nosso próprio dom nos controla...
Tem dias em que a inspiração esquece-se de vir a meu encontro.
A tristeza aparece em seu lugar, me assola.
Olho para o papel, para as teclas, para o fundo na memória, para o céu tão inspirador...
E, no entanto, este grande esplendor, não me ajuda em nada.
Procuro... Procuro, por boas combinações de palavras...
Alguns amontoados sem sentido saem daqui, mas não é considerado belo.
Tem dias em que a agonia me faz um gesto singelo, se fazendo presente.
Eu me desespero, tentando encontrar algo em que eu me contente.
Sorrisos, olhares, revoltas, milhares, milhares de fontes vivas de inspiração...
Que se embolam no pequeno funil, chamado imaginação, 
Que transforma inspiração em criação,
E que nem sempre é eficaz em sua simples função.
Nem sempre o que ele tanto peneira é de valor reconhecível a olho nu.
Os pesadelos que mais me assustam, são os que dizem a respeito do futuro, 
Pois deste, nunca serei dona, ou senhora,
Corro de encontro a realidade, abafante, sem demora.
E de cara já me encontro com a folha límpida, 
me encarando como se eu estivesse errada.
Preencho-a com detalhes e me vejo desajeitada com os caracteres.
Tenho a sensação de que existe sentimento sem nome,
E que é impossível se expressar com algo 
mais complexo e menos vago do que um olhar. 
E enquanto o tempo passa, minha tortura permanece.
Sempre em busca da inspiração que tanto me enaltece.
Grandiosa sou, quando me expresso com palavras doces e delicadas,
Que outrora podem ser interpretadas como revoltas descuidadas, 
Apenas docemente disfarçadas.
É preciso paciência e reflexão para se entender com a clareza necessária 
Meu simples grande dom...
Sinto-me pouco modesta ao falar assim, de grande não possuo nada,
Apenas uma sinceridade sem fim.




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