sábado, 18 de fevereiro de 2012

Querido diário, me ajuda!

Escrever está cada vez mais complicado.
Escrevo, escrevo e escrevo, leio tudo e apago.
Resumo tudo, amplio e refaço.
Quando olho mais uma vez, toda palavra desfaço.
Será que perdi o pouco dom que possuía?
Ou foi mesmo culpa da monotonia?
Escrevia sobre o que queria, e agora, 
preciso sentir na pele para descrever.
Sinto medo de um dia encarar uma folha em branco e não conseguir preencher.
O meu alicerce sempre foi escrever. Sempre.
Não me lembro de alguma vida em mim antes disto.
Era meu único grande compromisso.
E agora? Eu não sei o que virá;
Meu futuro parece não querer vingar.
Minha única válvula de escape, parece se afogar.
Minha vida vai se desvalendo, conforme meu passado vai me atormentando.
Se penso na tristeza estando triste, não consigo botar tudo para fora em forma de soneto.
Ou quando penso numa grande frase, me esqueço,  ou não é tão bom quanto parecia.
E agora, olho para o papel, ou teclas, e tudo em volta me entristece.
Penso em mil palavras tolas e nada mais acontece.
Neste silêncio mais do que mórbido, pareço estar perto do fim.
Sem escrever para sempre?
O que será de mim?

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